Se a eleição “empatar” no primeiro ou no segundo turno, o Tribunal Superior Eleitoral derrotará o Presidente Lula.
O que significa uma eleição “empatar” ?
É uma eleição em que a diferença entre o primeiro e o segundo turno (e/ou do segundo para o terceiro, no caso do primeiro turno) é inferior a um ponto percentual.
E quando surgem dúvidas sobre a qualidade dos votos .
Foi o que aconteceu na Florida, em 2000, na primeira eleição do Presidente Bush.
Foi o que aconteceu na recente eleição para presidente do México.
Por que o TSE dará a vitória a Alckmin ?
Porque a urna eletrônica no Brasil é inconfiável. Qualquer vitória por uma diferença inferior a um ponto percentual pode ir para o tapetão.
Por que a eleição com a urna eletrônica brasileira é inconfiável ?
Porque ela não pode ser conferida.
Por que não pode haver conferência dos votos ?
Porque não há comprovante físico do voto do eleitor. Sem o comprovante físico, como recontar uma eleição ? Como apurar se o resultado que aparece no computador confere com o desejo do eleitor ?
A ONU se recusou a levar o voto eletrônico, como o do Brasil, para qualquer país que tenha começado a realizar eleição.
A comissão bipartidária dos Estados Unidos, formada depois do escândalo da eleição de 2000, sob a liderança de Jimmy Carter e James Baker, recusou essa urna eletrônica sem comprovante físico (sem “the paper track”).
A edição deste domingo (24 de setembro) do New York Times na web mostra que, nos Estados Unidos, muitas pessoas estão apavoradas com a perspectiva de a urna eletrônica ser adotada nas próximas eleições de novembro. (clique aqui para ler a matéria do New York Times)
Aqui no Brasil, todas as tentativas de convencer o Tribunal Superior Eleitoral de que a urna eletrônica brasileira é um convite à fraude (o voto depende do que o programador do software quiser) resultaram inúteis.
Sobre o assunto, vale a pena ir ao site http://www.votoseguro.org/.
Um cenário possível é o seguinte:
A diferença é pequena.
Um partido diz que houve fraude.
Dá-se a confusão.
A mídia, especialmente a impressa, apóia Alckmin.
A decisão vai, em última instância, para o Tribunal Superior Eleitoral.
E o presidente do TSE, Marco Aurélio de Mello, já demonstrou que prefere Alckmin a Lula.
Como me disse hoje, na manhã chuvosa de São Paulo, na mesa ao lado da padaria do Oliveira, um entusiasmado leitor da Veja:
“O Marco Aurélio é a nossa última trincheira”.
Paulo Henrique Amorim, site Conversa Afiada.
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