11 setembro 2006

11/9



Um comentário de Marilena Chauí.
Para pensar.

As diferenças próprias do espaço percebido (perto, longe, alto, baixo, grande, pequeno) são apagadas: o aparelho de rádio e a tela da televisão tornam-se o único espaço real. As distâncias e as proximidades, as diferenças geográficas e territoriais são ignoradas, de tal modo que algo acontecido na China, Índia, Estados Unidos ou Campina Grande apareça igualmente próximo e igualmente distante. É assim, por exemplo, que os acontecimentos de 11 de setembro de 2001 na cidade de Nova York (quando foram destruídas as duas torres do Centro Mundial de Comércio, ou World Trade Center) foram sentidas com grande emoção no Brasil, tendo algumas pessoas se referido ao fato como se fosse algo muito ´próximo e que as atingia, embora continuassem olhando calmamente e sem nenhuma emoção para crianças esfarrapadas e famintas pedindo esmolas nas esquinas das ruas de suas cidades.


Em tempo: copiei (tudo) do blog do Marcelo Coelho.
Filme do dia: Fahrenheit 9/11.

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