29 maio 2006

Anistia Internacional inicia campanha contra censura na internet

da IDG Now!

A Anistia Internacional está celebrando 45 anos de ativismo com uma campanha contra os governos que usam a internet para reprimir dissidentes, em parceria com o jornal britânico The Observer.
Batizada de Irrepressible.info, a campanha chamará atenção para abusos dos direitos na internet e pressionará a libertação daqueles que foram presos por expressar opiniões na web. Além disso, a Anistia vai destacar as empresas de tecnologia que ajudam os governos a censurar protestos online.
No site da campanha, a Anistia cita exemplos de países em que há a repressão na web - entre eles China, Vietnã, Irã, Arábia Saudita e Síria - e de empresas de TI que colaboram com a censura - Yahoo!, Microsoft e Google aparecem na lista.



22 maio 2006

Caco

Voltando àquele assunto, uma boa do Galhardo.

19 maio 2006

Árvore de tipos cervejas










Achei isso em algum lugar, não lembro onde...
É bacaninha. Clique para ver ampliado.

Ceveja do dia

Hoje tomei uma Backer de trigo.
É de uma cervejaria mineira, mas é produzida no Rio, vai entender. Muito boa, leve e refrescante. Nada enjoativa, mas tomei uma só, sei lá então. Antes do almoço, que é muito bom, pra ficar pensando melhor.
Encontrei essa Backer no Tortula. Tem Pilsen, de Trigo, Pale Ale, e uma "Brown".

18 maio 2006

Laerte



Essa acima saiu em julho do ano passado. A logo abaixo é de ontem.

A culpa é de quem?

Em sua coluna de hoje, Nelson de Sá, na Folha, sobre a reação de Tarso Genro, comenta "levantamento do Datafolha em São Paulo, em que Lula é mais responsabilizado do que Alckmin pelo caos". Meu Deus!!! Será possível mesmo??? O que o Lula tem a ver com isso tudo? Se não nada, muito pouco, quase nada.
Ah, o Lula não construiu os tais presídios federais. E daí? A lei que prevê os presídios federais é de 90, e o FHC também não construiu nada, nem os outros. Ah, o Lula reduziu as verbas. E daí? Houve mudança de foco do programa nacional. SP é o Estado mais rico do país, segurança pública é responsabilidade dos governos estaduais. E por que a mídia não deu destaque ao fato de que Alckmin também reduziu verbas?? Leia:
Alckmin reduziu verba de penitenciárias.
Não é possível que depois disso tudo as pessoas não acordem.
O pcc tomou corpo, passou a existir mesmo, durante a gestão do psdb no Estado, especialmente com Alckmin. Será que a população vai dar mais 4 anos para o psdb??? Vamos continuar nessa situação? Ah, mas como vc sabe se com outro será diferente? Eu não sei, mas eu quero acreditar que é possível.
Em tempo: isso não esgota a discussão sobre de quem é a culpa, eu sei.

A trilha sonora

Pânico em SP
Inocentes


As sirenes tocaram
As rádios avisaram
Que era pra correr
As pessoas assustadas
mal informadas
Puseram a fugir... sem saber porque

Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP
Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP

O jornal, a rádio, a televisão
Todos os meios de comunicação
Neles estavam estampados
O rosto de medo da população

Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP
Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP

Chamaram os bombeiros
Chamaram o exército
Chamaram a Polícia Militar
Todos armados
Até os dentes
Todos prontos para atirar
havia o que

Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP
Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP

Mas o que eles não sabiam
Aliás o que ninguém sabia
Era o que estava acontecendo
Ou que realmente acontecia

Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP
Pânico em SP, pânico em SP, pânico em SP

17 maio 2006

Por meio dos advogados...

PCC paga R$ 200 por depoimentos de delegados
O depoimento secreto dos delegados da Polícia Civil de São Paulo Godofredo Bittencourt e Rui Ferraz Fontes, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), foi vendido a dois advogados do PCC (Primeiro Comando da Capital) por um funcionário terceirizado da Câmara.

16 maio 2006

Está tudo sob controle! Sob controle do crime organizado.

Ufa! Acabou! Está tudo sob controle! Sob controle do crime organizado. O cara-de-pau do secretário de segurança foi hoje à tv para falar: viu, era tudo exagero, tudo boato.
Olha, realmente, ontem foi um dia de pânico e histeria. Mas por parte do governo inclusive.
Ninguém do governo deu as caras para passar alguma informação. E aí os boatos proliferaram mesmo.
Mas o pânico não era infundado. Todas as bases móveis, que estamos acostumados a ver, sumiram. Não havia policiais nos cruzamentos. Não havia policiamento, enfim. A polícia militar estava recolhida, só as tropas de elite circulavam em comboios. A sensação era de ausência do Poder Público.
E aí, de repente, tudo parece calmo. Como isso aconteceu? Na Folha de São Paulo, hoje:


Ordem foi dada a membros da facção após dois dias de conversas com representantes do governo estadual, que nega negociação

Cúpula do PCC ordena fim dos ataques

A cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital) deu ordem ontem para cessar os atentados e rebeliões em São Paulo, após dois dias de negociações com representantes do governo do Estado.
A Folha apurou que, por telefone celular, líderes da facção criminosa determinaram a presos e membros do PCC do lado de fora das cadeias que interrompessem a onda de violência.
A trégua foi mais rápida nas cadeias. No começo da noite, não havia mais nenhuma rebelião em andamento no Estado. O dia começou com 55 presídios amotinados -foram 82 unidades rebeladas (73 presídios e nove cadeias públicas) desde o início das ações. A maior parte das rebeliões terminou quase simultaneamente, a partir das 16h.
Segundo o que a Folha apurou, o preso Orlando Mota Júnior, 34, o Macarrão, foi um dos principais interlocutores do governo. Ele e outros líderes do PCC deram a ordem de cessar os atentados.
Nas conversas com representantes da Secretaria da Administração Penitenciária, a facção condicionou o fim dos ataques a benefícios a presos transferidos para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km de SP) e à não entrada da Tropa de Choque da PM nos presídios rebelados. Na quinta-feira, 765 detentos -todos membros do PCC- foram levados para a penitenciária.
Na pauta estava o banho de sol. Os presos estão trancafiados, por medida de segurança, desde a transferência. O PCC pediu que os presos levados a Presidente Venceslau não sejam submetidos ao regime de observação.
Nesse sistema, usado para quem chega a uma nova penitenciária, os detentos ficam trancados e não podem receber visitas ou advogados por um período de até 30 dias. Eles alegam que são "piolhos" (presos veteranos) e não cometeram infrações no sistema para justificar a punição.
Houve outras reivindicações, mais ousadas. Entre elas, segundo agentes penitenciários, está o pedido de visita íntima e de televisores no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). O sistema mais rígido proíbe esses dois benefícios.
Marcola e outros quatro líderes da facção foram levados provisoriamente para o RDD em Presidente Bernardes (589 km de SP) no sábado. Segundo agentes penitenciários, homens da SAP estiveram no domingo em Presidente Bernardes para conversar com o líder máximo do PCC.

Sem negociação
O governo nega a negociação com a organização. "Não se negocia com bandido", afirmou ontem o diretor do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado), Godofredo Bittencourt. Mas ele afirma que o plano de isolar os líderes do PCC em Presidente Venceslau surgiu quando os presos passaram a fazer pedidos fora da lei.
"Eles [os líderes do PCC] fizeram reivindicações junto à Secretaria da Administração Penitenciária que não eram permitidas. Chegou a um ponto que o secretário [Nagashi Furukawa] achou que eles estavam pedindo aquilo que não se poderia permitir e poderia acontecer alguma coisa", afirmou o diretor do Deic.
Bittencourt disse que a facilidade do acesso dos presos a celulares dificulta o trabalho da polícia. "São contatos feitos por telefone rapidamente que não há condições, de quem quer que seja, de saber o que vai acontecer."
Em março, a Folha revelou uma foto em que Marcola aparece com um celular na mão. A imagem foi registrada por outro telefone, com câmera digital, que pertencia a outro preso. O aparelho com a imagem arquivada na memória foi apreendido em janeiro.
A CPI da Câmara dos Deputados que investiga o tráfico de armas já aprovou requerimento para ouvir Marcola e seu irmão Juvenal Herbas Camacho Júnior. O depoimento dos dois pode ocorrer na próxima semana. Os deputados também decidiram exigir do governo paulista a permanência de Marcola no RDD.

GILMAR PENTEADO
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE
Colaborou a Sucursal da Brasília
São Paulo, terça-feira, 16 de maio de 2006

noticias interessantes sobre a crise

"grave ameaça à ordem pública"
Para constitucionalistas, União pode decretar estado de defesa e até intervenção
(matéria de João Novaes no Última Instancia)

Ex-diretor da ONU diz que não há plano sério de combate ao crime no Brasil
Pino Arlacchi diz que sistema "é corrupto" e que prisões devem ser reformadas. Surpreende-se com o número de mortos e diz que criminosos no Brasil "não são mafiosos: são gangsters e podem ser vencidos".

15 maio 2006

Transforme sua indignação em atitude!

Puxa, esqueci de um ponto. O governador declarou também que a ação dos criminosos era previsível/esperada. Poxa, se era, por que não se fez nada??? Ridículo! E aparece o chuchu amargo na tv falando que o importante é a polícia não retroceder um milímetro. Retroceder? A polícia estava acuada, retroceder o quê? E na Folha de hoje saiu uma notícia de que o governo mandou representantes para dialogar com os "líderes" dos criminosos! Palhaçada! O que está acontecendo é o atestado da incompetência de Geraldo Alckmin e sua equipe. É o resultado de 12 anos do psdb no comando da segurança pública. Não dá para ficar calado! Transforme sua indignação em atitude!

Ah, você "não gosta" de política?

Para o Governador do Estado, a situação está sob controle. Ele está dizendo isso desde domingo à tarde.
Para quem não lembra ou finge não lembrar: o governador é Claudio Lembo, do pfl, eleito como vice de Alckmin, do psdb. O Secretário de Segurança Pública do Estado é Saulo de Castro, psdb, homem de confiança de Alckmin.
Hoje, segunda-feira, o governador monocelha não deu as caras na tv. Nem ele, nem o Saulo Prendo e Arrebento de Castro, aquele secretário metido a super-herói, que adora falar na tv que a criminalidade diminuiu. Botaram um comandante da PM pra tomar porrada dos jornalistas. Parece que só existe a PM, não existe ninguém acima.
Engraçado como a mídia não fala em Geraldo Alckmin. O PCC cresceu e tomou corpo no governo dele. O que está acontecendo hoje é fruto não do acaso, é fruto de uma política de segurança pública equivocada, displicente, incompetente. O gestor dessa política é Geraldo Alckmin. Que na minha opinião não tem nada de chuchu, é um negócio muito mais amargo, duro de engolir.
Então, meu amigo, você "não gosta" de política? É eu também não gosto muito, já gostei mais quando era mais novo. A política desencanta, desilude. Mas a política é de fundamental importância para a nossa vida. Quem sabe essa situação não sirva também para essa reflexão.
Não quero dizer que se fosse outro partido no governo isso não ocorreria. Não dá para saber isso (embora eu acredite). Mas vale perguntar: Depois dessa você ainda vota em Geraldo Alckmin?
Apenas algumas manchetes do dia...

Comércio, escolas e empresas fecham mais cedo após 3 dias de ataques
Carro da Polícia Civil é atingido em Higienópolis
PCC ataca 13 bancos e queima 61 ônibus na Grande São Paulo
PCC ataca policiais, queima ônibus e promove rebeliões
Mortos em ataques passam de 60
Rebeliões simultâneas atingem 54 unidades prisionais de SP
Rebeliões persistem em 46 unidades de SP; há 237 reféns
Em meio à onda de violência, SP suspende rodízio de veículos
Rebelião atinge Febem
Em São Miguel, base da GCM é metralhada em praça lotada
Já foram confirmados mais de 150 ataques